Rodamos 11 dias de carro pela Ilha Norte. Conhecida por precisar de metade do tempo que se for ficar na ilha sul, não entenda isso como menos interessante. Tem muitas atrações imperdíveis por aqui!

Descemos do vôo, em Auckland, e já fomos direto para a locadora buscar o carro que nos acompanharia durante os 11 dias na ilha norte. De lá, sem demora, partimos para o primeiro destino, que era litorâneo: a região de Hahei, onde dormiríamos 2 noites.

Já no caminho para Hahei, quase chegando, paramos na Hot Water Beach, porque estava na maré baixa naquele momento, quando é possível ver um fenômeno interessante. Em um trecho específico da praia, se você cavar um buraco na areia, você encontrará água quente e poderá criar sua própria piscina aquecida. Curioso. Ficamos um tempo deitadas por lá, curtindo o fenômeno inusitado e quentinho… rs…

No dia seguinte, pela manhã, fizemos um passeio de barco pela região, que tem uma reserva marinha e praias muito bonitas. Por fim, à tarde, não poderia faltar um passeio para curtir, em terra, a praia mais famosa da região: a Cathedral Cove. Quando fomos, a trilha que dava acesso a ela estava fechada, então fomos de water taxi.

De Hahei partimos para Rotorua, a cidade dos campos geotermais. Eu tinha uma grande expectativa com esta região, mas elas foram superadas. Se você gosta de conhecer a natureza em suas formas mais distintas e raras, este lugar é para você.

Tínhamos lido relatos de que a cidade cheirava enxofre. De fato, em alguns pontos bem específicos e bem próximos ao lago, sentimos sim. Do mais, não percebemos nada. É uma cidade até grande para os padrões da Nova Zelândia. Dormimos 2 noites lá. Além de exploramos a cidade e seu lago (fedido e belo… rs…), fizemos alguns passeios, na nossa opinião, imperdíveis.

Rotorua é uma boa base para experienciar um pouco da cultura maori. Para isso, no primeiro dia, pela manhã, fomos ao Te Puia (passeio para ver o mais famoso gêiser da região, o Pohutu, e assistir a um show de dança maori) e a uma vila de residências maori

À tarde, fomos ao Waimangu Volcanic Valley. Daqueles lugares que você esfrega o olho para ver se está enxergando direito. Cenas que você não vai ver novamente. Obras de arte da natureza. 

No dia seguinte, pela manhã, fomos ao passeio mais famoso da região, o Wai-o-Tapu Thermal Wonderland, achando que nada mais me surpreenderia. Pois é, nada te prepara para Rotorua. A sessão de “uaus” continuou até o último minuto.


Se me perguntassem qual dentre este passeios escolher, eu não saberia responder. São diferentes e complementares. Até ficaria mais em Rotorua, descobrindo seus encantos, mas era hora de partir. No dia seguinte conheceríamos o Hobbiton Movie Set, do Senhor dos Anéis, e o Waitomo Glowworm Caves, dos vermes brilhantes (não pode fotografar). Depois disso dirigiríamos até Huka, que exploraríamos no dia seguinte.

Huka Falls é mais um local de um azul indescritível. É possível pegar um barco para ir até as cataratas, mas este passeio não fizemos, porque queríamos chegar rápido ao próximo hotel para nos preparamos para o grande desafio da viagem.

A estrada entre Taupo e Turangi, onde dormiríamos as duas próximas noites, margeava o Lake Laupo, que em cada trecho se apresentava em diferentes tons de verde e azul.

Turangi, nossa base para trilha que escolhemos para fechar nossos 30 dias no país. A Tongariro Alpine Crossing talvez seja a mais conhecida trilha do país.

Optamos por deixar o carro no final da trilha e pegar um transfer até o início da trilha. Assim ficaríamos livres para fazer a trilha no nosso ritmo, sem o compromisso de ter que encontrar o transfer até determinado horário. Decisão acertada, porque fizemos a trilha em muito mais tempo do que o previsto. Zero problemas, só queríamos curtir, sem pretensão de finalizar com um bom tempo.

Sobre a trilha, eu achei desafiante sim, mas levando em consideração que não sou trilheira nem adepta a exercícios físicos. Faço funcional duas vezes por semana e só. O percurso tem subidas e descidas importantes. Para além disso, você está subindo em terreno vulcanico, com trechos de pedras soltas na subida e terreno escorregadio na descida (terra fina e solta). Oficialmente são 19,4Km e a paisagem muda muito no percurso. De vulcões a florestas.

Em resumo, eu diria: espere mais do que você vê nas fotografias. Não dá pra se ter dimensão das paisagens até estar lá. Se eu faria de novo? Com certeza.

Daqui, voltamos para Auckland. Tivemos 1 dia para curtir a cidade, o que foi pouco. Acabamos optando por conhecer um mirante, que fica na cratera de um vulcão, e o centro da cidade. De todo modo, nada de tristeza por isso. Estávamos feliz demais com tudo o que tínhamos visto pelo país. Uma honra poder passar um tempo um local tão privilegiado pela natureza.


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